O início da pandemia incentivou algumas pessoas a adotarem um pet e consequentemente, levar mais alegria para dentro de suas casas.
ONGs e protetores dos animais afirmam que a procura por adoção de cães e gatos teve um aumento de até 50% depois das medidas de distanciamento social.
Atualmente, além da crise sanitária, o Brasil vive uma crise social e econômica.O auxílio emergencial acabou, as pessoas que estavam em home office retornaram as empresas, muitos perderam seus empregos, e adivinhe o que aconteceu com os pets? Muitos dos que foram adotados foram devolvidos ou voltaram a ser abandonados.
Segundo a AMPARA Animal, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que presta ajuda às ONGs e aos protetores independentes da causa animal, o crescimento no abandono de animais foi de 70% em 2020. Esse levantamento, foi feito com pelo menos 530 instituições e protetores independentes de todo o Brasil.
Mesmo no cenário anterior à pandemia, as instituições já não conseguiam abrigar todos os animais deixados nas ruas. Esse aumento no abandono de animais domésticos também pode ter se agravado por um motivo comum mesmo antes da pandemia: a adoção por impulso.
Após as adoções por impulso, em um momento de carência, fragilidade, incertezas e solidão diante do sofrimento causado pelo distanciamento social, muitos foram surpreendidos pelas responsabilidades envolvidas na posse responsável de um pet.
Um levantamento realizado pelo Instituto Pet Brasil- @institutopetbrasil aponta que a população de cães e gatos alojados em organizações não governamental (ONGs) e instituições é de cerca de 172 mil, 96% desses animais são cães e os outros 4% são gatos.
Fora desse quadro, existem quase 3,9 milhões de animais em condições de vulnerabilidade, que vivem sob cuidados de famílias abaixo da linha de pobreza ou que vivem nas ruas.
Animais dão trabalho, geram despesas e exigem muita paciência e tempo, por isso é importante considerar alguns pontos antes de adotar um companheiro.
Veja o que você precisa saber antes da adoção e como se preparar para receber um novo integrante na família.
- Tempo de vida: Os cães vivem em média de 10 a 15 anos, os gatos entre 15 e 20 anos. Leve isso em consideração na hora de adotar;
- Consenso em casa: é importante verificar se todos os moradores estão de acordo com a adoção, e se estão preparados para as alterações que terão na rotina;
- Custos: ter um pet vai gerar também alguns gastos mensais. Além de alimentação, higiene e limpeza, há também custos com veterinário, vacinas, vermífugos, antipulgas, acessórios e brinquedos;
- Rotina da família e paciência dos novos donos ajuda na adaptação dos animais. Será preciso dedicação e tempo para ensinar onde fazer as necessidades, exercícios diários e brincadeiras;
- Castração: é de extrema importância castrar o seu bichinho e evitar que ele se reproduza;
- Preparação da casa: ao escolher um cão ou gato, pense se a raça se adapta ao tamanho da sua casa e planeje a área que ele irá utilizar (onde colocar a tigela de comida e onde ele fará as necessidades, por exemplo). Escolha um espaço fácil para limpar e evite alterá-lo ao longo do tempo, facilitando a adaptação do pet;
- A solidão da pandemia não deve ser único motivo para adoção.
Lembre-se, a adoção é um ato de amor e deve ser realizada de forma consciente. Conte sempre com o PetZillas para auxiliar nos cuidados com seu pet.
Liciane Ramon